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Original para a Internet

O Professor que está sempre conosco

Da edição de abril de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original publicado na edição de 6 de março de 2019 do Christian Science Sentinel.


Antes da crucificação e ressurreição, Cristo Jesus havia dito a seus discípulos que ele iria deixá-los, mas eles não entenderam muito bem o que ele quis dizer com isso. Quando ele disse que eles o seguiriam e que ele lhes prepararia um lugar, eles ficaram confusos porque estavam imaginando um lugar físico. Mas ele estava falando sobre um estado de consciência diferente.

Para Jesus, a consciência era a vida real. Ele estava progredindo mentalmente, a fim de viver na plenitude do Espírito, uma existência que os sentidos físicos não podem ver, mas que era mais real para Jesus do que a vida em qualquer cidade ou país. Ele sabia que havia dado a seus alunos as instruções necessárias para que pudessem alcançar essa consciência, a qual ele chamava de reino de Deus. Mas, quando seus alunos começaram a compreender que não iriam estar com ele pessoalmente, ficaram tristes. Seu professor os havia acompanhado todos os dias, explicando as ideias espirituais e mostrando como o poder de Deus curava a doença e superava todos os tipos de obstáculos. Jesus prometera que sempre estaria com eles, mas como seria essa relação, se eles não pudessem fazer-lhe perguntas ou pedir ajuda quando se encontrassem em apuros? 

A maioria de nós provavelmente pode se identificar com o desejo de que alguém mais sábio do que nós esteja sempre conosco, uma espécie de Mestre, ou Professor, como as pessoas chamavam Jesus. Quando analisamos esses dois termos, chegamos à conclusão de que um mestre ou professor não apenas dá o conteúdo do que sabe aos alunos, mas também os ajuda a desenvolver a capacidade de pensar com discernimento, a fim de poderem crescer e progredir. Esses professores colocam os alunos em primeiro lugar e se adaptam às necessidades deles.

Colocar os alunos em primeiro lugar não significa estar sempre pessoalmente presente para transmitir conhecimento ou resolver seus problemas. O objetivo do ensino é mostrar aos alunos como eles mesmos podem encontrar soluções. Meu pai tinha uma biblioteca com todo tipo de livros de referência. Quando eu perguntava sobre alguma coisa, ele quase sempre ia lá pegar um livro. Isso costumava me exasperar, porque eu geralmente queria uma resposta rápida, ao invés de eu mesma ter de me esforçar para encontrar a resposta. Às vezes, eu ainda tenho essa tendência. É mais fácil confiar na experiência de outra pessoa e isso pode ser prático em algumas situações. Nós não precisamos saber, por exemplo, como refazer a fiação de um sistema de eletricidade. Mas, quando se trata de coisas espirituais, todos precisam adquirir a capacidade de “pensar com discernimento, a fim de poderem crescer e progredir”.

Jesus disse a seus seguidores que pesquisassem as Escrituras em busca de seu significado espiritual e prático. Elas revelavam a Deus como sendo o Espírito e o Amor, como o Criador todo-poderoso que nos criou para sermos perfeitos. Jesus lhes mostrou como viver a partir dessa premissa e como vencer a visão que o mundo tem, de que é a matéria que define a existência. Ele demonstrou a capacidade de curar condições que não eram boas, incluindo o pecado e a doença, e determinou que eles fizessem o mesmo. Mostrou-lhes como não ter medo das ameaças do mal, fosse sob a forma de poder estatal opressor ou da insistência de que o sofrimento fosse uma necessidade da vida ou de que o egoísmo e a rivalidade fizessem parte da natureza humana. Ele ensinou e moldou as capacidades mais importantes da vida, fundamentadas no Espírito, como por exemplo o fato de que eles poderiam e conseguiriam amar seus inimigos, ser mansos e misericordiosos, orar persistentemente, confiar no amor todo-poderoso de Deus.

Mary Baker Eddy desenvolveu essa maneira de pensar e viver com discernimento. Foram o fruto de ela haver passado a vida inteira pesquisando a Bíblia, com o ardente desejo de conhecer a verdade. À medida que ia anotando o que estava descobrindo e ia constantemente revisando o que estava escrevendo, tornou-se mais clara para ela a sólida realidade do perfeito universo espiritual de Deus. Sua compreensão foi aumentando à medida que ela aplicava esse conhecimento ao curar doenças e outras formas de limitação. O resultado desse trabalho foi o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, que ela também passou a estudar diariamente durante toda a vida. Ela reconhecia que uma inteligência superior lhe havia revelado essa verdade.

Muitas pessoas que estudam essa obra, mesmo ao longo de toda a vida, ficam impressionadas com a profundidade da percepção que esse livro continua a dar-lhes. Um exemplo é como ele explica o modo como Jesus realmente pensava. Considere estas declarações:

“Ele sabia que o Princípio divino, o Amor, cria e governa tudo o que é real” (p. 286).

“Ele sabia que a matéria não tinha vida, e que a Vida real é Deus; por isso era tão impossível que ele fosse separado de sua Vida espiritual, quanto era impossível que Deus fosse extinto” (p. 51).

“Ele compreendia que o homem, cuja Vida é Deus, é imortal, e sabia que o homem não tem duas vidas, uma para ser destruída e a outra para se tornar indestrutível” (p. 369). 

É impressionante como alguém, que nunca falou com Jesus, pudesse afirmar com autoridade o que ele sabia. Não se tratava de formular teorias. Mary Baker Eddy sabia o que Jesus sabia, porque ela havia comprovado que esses fatos a respeito do existir rompiam as crenças ligadas à matéria com relação à vida e removiam o sofrimento, como Jesus o fazia. Ela reconhecia que Jesus havia dado provas de que não se pode matar a vida, mas também reconhecia que não se trata de algo que nós podemos fazer sem chegar a um crescimento espiritual muito maior. Mas ela aceitou o que Jesus prometeu, isto é, que seguiríamos seu exemplo, para chegar ao estado de consciência que não inclui pecado, doença ou morte. Nosso estudo, reflexão e esforço por aplicar o que esse Mestre e Professor sabia, dia a dia, significa ter o nosso Professor sempre conosco, indicando o caminho a seguir.

Margaret Rogers
Membro da Diretoria da Ciência Cristã

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