Era o meu último ano de faculdade e eu acabara de voltar para casa nas férias de inverno quando, muito abruptamente, meu pai faleceu. Ele era um dos homens mais bondosos, pacientes e leais que eu conheci. Era uma ótima pessoa e um pai incrível.
Eu me senti tão perdido! O que é que eu ia fazer, sem o homem que sempre estivera ali para me orientar ao longo da vida? Em maio daquele ano eu iria me formar na faculdade e não tinha a mínima ideia do que faria em seguida. Queria fazer algo significativo que envolvesse ajudar os outros. Meu pai era a pessoa com quem eu mais gostava de falar sobre emprego, mas agora ele já não estava presente.
Durante os meses finais desse meu último ano de faculdade, orei muito, tanto devido ao falecimento do meu pai, quanto a respeito de emprego depois da faculdade. Quando eu tinha desafios na vida, sempre me voltava a Deus em busca de respostas e para me sentir confortado. Eu sempre encontrava ambas as coisas e sabia que desta vez também, Deus cuidaria de mim. Mas às vezes as coisas pareciam uma árdua batalha. Houve dias em que me senti muito triste e perdido.
Eu fizera alguns telefonemas para pesquisar opções de carreira e uma das pessoas com quem falei era um Cientista Cristão. Ele me encorajou a pensar sobre esta frase da Oração do Senhor, que diz: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mateus 6:11). Para mim, o “pão de cada dia” da Oração do Senhor é uma promessa que se apoia no fato de que Deus, a quem essa oração se dirige como “Pai nosso”, atende a nossa necessidade, seja ela alimento, um emprego promissor ou qualquer outra coisa. Ao orar com essa ideia, minha perspectiva mudou, ou seja, meu pensamento de que eu precisava encontrar um emprego mudou para a compreensão de que Deus me estava dando tudo o que eu precisava. Quando comecei a reconhecer meu Pai divino como a fonte do meu suprimento, a incerteza se desvaneceu e as oportunidades começaram a surgir. Um amigo me informou sobre um cargo de assistente residente (uma espécie de monitor e coordenador de atividades) em uma escola de ensino médio em outro estado. Finalmente me candidatei e fui aceito para esse emprego.
Sou muito grato por ter sido conduzido a me candidatar a esse emprego. Foi um ano de muitas curas para mim e esse trabalho me ajudou a seguir em frente depois do falecimento do meu pai. Eu me senti motivado e encontrei a cura, porque todos os dias eu procurava abençoar e ajudar os outros, tal como meu pai fazia em sua vida. Gosto muito da maneira como Mary Baker Eddy descreve isso em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, onde ela diz: “Tudo o que mantém o pensamento humano em linha com o amor despojado de ego recebe diretamente o poder divino” (p. 192). Foi esse amor despojado de ego que me curou.
Essa experiência me ensinou que, quando nos volvemos a Deus com o desejo humilde de abençoar os outros, de fato somos nós que temos a oportunidade de ser abençoados e curados. Hoje, quando sinto falta de meu pai, procuro maneiras de ajudar e abençoar os outros. Tenho sido muito grato por conseguir honrar meu pai todos os dias por meio do meu trabalho e de sentir que o amor do meu Pai divino está mais perto de mim. E sei que esse amor sempre estará comigo.
