Tive a oportunidade de visitar a fazenda de meu tio, na África do Sul, por dois meses. Durante esse período, soube que os funcionários da fazenda jogavam futebol semanalmente contra o pessoal de fazendas vizinhas. Perguntei se eu poderia jogar com eles algum dia, mas responderam rapidamente que não, que não seria possível.
Mais tarde, um dos homens me explicou que eles queriam que apenas as pessoas das etnias Xhosa e Zulu participassem — não era nada pessoal, mas eles não se sentiam à vontade comigo participando. Meu primo disse que eu fora excluído por ser branco; eles consideravam esse jogo de futebol como algo deles, que não precisavam compartilhar com os brancos ou com a família do chefe.
Como eu conhecia os antecedentes da desigualdade racial na África do Sul, a explicação que meu primo deu, do que estava por trás da minha exclusão, fez-me sentir muita compaixão. Eu queria mostrar aos funcionários o tipo de pessoa que eu realmente era e vi que tinha de seguir a Regra Áurea: tratá-los da mesma forma como eu queria ser tratado. Empenhei-me em continuar a tratá-los com respeito. Eu sabia que isso ajudaria a remover qualquer rótulo que me fosse atribuído, assim como qualquer rótulo que os funcionários pudessem ter aplicado a si mesmos.
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