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Original para a Internet

O amor em primeiro lugar

Da edição de abril de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original publicado na edição de 21 de fevereiro de 2019 do Christian Science Sentinel.


Meu marido e eu tínhamos acabado de chegar em casa, depois de uma agradável noite com amigos. Verifiquei meus e-mails e imediatamente me arrependi de ter feito isso. Havia, bem no topo da lista, uma mensagem de um colega. Minha reação foi visceral. Senti um aperto no estômago e o sangue me subiu à cabeça. 

Por alguma razão, tudo o que esse colega fazia me incomodava. Depois de uma reunião ou de uma teleconferência com ele, eu geralmente voltava para casa agitada. E agora, parecia que esses sentimentos ruins iriam arruinar o que prometera ser um bom fim de semana.

Como alguém que busca seguir o exemplo de Cristo Jesus, eu sabia que os pensamentos que estava tendo sobre essa pessoa não eram cristãos. Infelizmente, em vez de respeitar a Regra Áurea — que entendo que inclui pensar nos outros como queremos que eles pensem a nosso respeito — eu me deixara levar pela opinião geral de nossa equipe de que trabalhar com ele era “simplesmente muito difícil”. Naquele mesmo instante, decidi mudar. Mas por onde começar? 

Fiquei em silêncio e orei, começando por reconhecer a presença e o poder de Deus e do Seu Cristo. Senti que precisava compreender o primeiro capítulo do Gênesis, que inclui a afirmação de que Deus fez o homem à Sua própria imagem e semelhança. Um dos ensinamentos fundamentais da Ciência Cristã é que Deus, o único Criador, é bom. Devemos, então, concluir que, como Deus é bom, o homem — feito à Sua imagem — também é bom. 

Refleti ainda que, sendo bons filhos de Deus, nós podemos ter a expectativa de poder trabalhar uns com os outros, e não uns contra os outros, para alcançarmos as metas de nosso empregador. Aceitando essa premissa, continuei a orar em silêncio.

À medida que prestava atenção à orientação de Deus, algo que Jesus disse aos seus discípulos me veio ao pensamento: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:34–35). 

Considerando que Jesus não teria dito aos discípulos que fizessem algo impossível, comecei a ver que Jesus acreditava que eles poderiam amar como ele próprio amava porque sabia que os discípulos eram feitos à imagem e semelhança de Deus, que é o Amor. 

Também me lembrei de um ensinamento do Sermão do Monte, de que não é possível honrar verdadeiramente a Deus e ao mesmo tempo guardar rancor contra um de Seus filhos. Jesus disse: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5:23–24). 

Comecei a ver que Jesus acreditava que eles poderiam amar como ele próprio amava porque sabia que os discípulos eram feitos à imagem e semelhança de Deus, que é o Amor.

Suavemente, comecei a sentir a presença e o poder de Deus aquietando aquela tempestade mental e fazendo com que eu estivesse disposta a deixar que minha atitude fosse modificada. Peguei um exemplar do The Christian Science Journalpara continuar a leitura de onde eu havia parado antes, naquele dia. O artigo continha uma referência a 1 João 4:16: “Deus é amor”, e ao Primeiro Mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). 

Ao ler essas palavras, veio-me esta mensagem: “Não terás nenhum outro pensamento diante do Amor. Literalmente, Elizabeth, não mantenha na consciência nenhum outro pensamento a não ser os pensamentos do Amor. O Amor sempre vem antes de tudo”.

Senti imediatamente a repreensão contida nessa resposta incisiva à minha oração. Percebi que mesmo antes de abrir o e-mail — antes mesmo de qualquer contato com o meu colega — eu esperava pelo pior. Mas agora, sentindo-me profundamente arrependida por pensar tão mal de outra pessoa, permaneci orando por algum tempo. Pedi a Deus que me perdoasse e agradeci-Lhe por suavizar meu coração. Agradeci-Lhe pela oportunidade de ser curada dos pensamentos desagradáveis a respeito desse homem.

Por fim, calma e afetuosamente, as palavras de Jesus “vai e não peques mais” (João 8:11) preencheram meu coração. Senti-me perdoada e purificada dos pensamentos ruins, e revestida de bondade. Fui dormir com a confiança inabalável de que o poder de Deus, o Amor divino, mantinha a mim e aquele membro da equipe em uma atitude de amor fraterno de um para com o outro. 

Pela manhã, consegui ler o e-mail dele com outra perspectiva — com respeito e expectativa do bem. E adivinhem?! Descobri que não havia na mensagem nada de desagradável. Desse dia em diante, passamos a trabalhar juntos com o genuíno afeto que é natural a todos nós como filhos de Deus.

Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O Primeiro Mandamento é meu texto favorito. Ele demonstra a Ciência Cristã… O Princípio divino do Primeiro Mandamento é a base da Ciência do existir, pela qual o homem demonstra a saúde, a santidade e a vida eterna. Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’…” (p. 340).

Obedecendo ao Primeiro Mandamento — deixando que o Amor venha primeiro em nosso pensamento — naturalmente nos relacionamos de forma mais amorosa com os outros, porque o fato espiritual é que somos feitos no Amor, pelo Amor e para o Amor.

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