"Soube de alguém que ganhou um carro zero em uma rifa... Puxa, seria tão bom trocar de carro...". Talvez seja esse o pensamento de muitas pessoas que se sentem tentadas a jogar na Mega-Sena, a comprar uma "raspadinha" ou a passar uma tarde divertida com amigos em um "bingo", na esperança de ganhar algum dinheiro.
Os apelos são enormes e os sonhos os acompanham. Milhares de pessoas depositam suas esperanças, salários e economias nas promessas tentadoras de enriquecimento fácil e rápido. Encaram isso como a solução de seus problemas financeiros e um caminho para a felicidade.
Fica evidente que a prática de qualquer tipo de jogo ou aposta parte de uma motivação fundamentada em duas palavras: promessa e esperança. O dicionário Houaiss define promessa como "a esperança fundada em aparências" e esperança como "aquilo ou aquele de que se espera algo, em que se deposita a expectativa; promessa; algo que não passa de uma ilusão". É possível o desembaraço das falsas promessas e esperanças que, ao invés de levarem ao tão sonhado Eldorado, atraem medo, preocupações, luxúria, falta de paz e inveja?
A Bíblia está cheia de relatos em que a abundância divina supriu as necessidades. Só para dar alguns exemplos: o maná caiu do céu, a água jorrou da pedra, o azeite encheu as vasilhas de uma viúva endividada, um punhado de farinha alimentou três pessoas, pães e peixes se multiplicaram, peixes encheram as redes de pesca dos apóstolos, uma moeda foi retirada da boca de um peixe, campos se tornaram prontos para a colheita quatro meses antes do tempo.
Todos esses exemplos são provas de que a Ciência Cristã tem seu fundamento nas realidades espirituais e revela a nossa unidade com Deus, a fonte de todo o bem e a única realidade. Como filhos e herdeiros do Pai, temos o direito de viver bem.
Cristo Jesus, em sua missão de amor, ensinou a aplicar essa Ciência divina às situações humanas. Mary Baker Eddy explica em Ciência e Saúde: "Sua missão foi revelar a Ciência do ser celeste e provar o que Deus é, e o que Ele faz pelo homem" (p. 26).
Ao invés de ocupar o pensamento com questões sobre sorte e azar e gastar dinheiro em apostas, é possível começar a desvendar a Ciência de nosso ser real e a compreender a Deus como o único Criador, que ampara e sustenta.
Mary Baker Eddy, Fundadora desta revista, se tornou uma pessoa rica para a época em que viveu, sem nunca apostar em jogos. Adquiriu tal riqueza por meio de trabalho abnegado para o bem da humanidade e por confiar, de forma irrestrita, em que Deus, o Amor divino, supre todas as necessidades. Em um de seus livros, ela questionou: "Quando será que a humanidade irá acordar para o conhecimento de sua posse atual de todo o bem...? Quando o mundo acordará para o privilégio de conhecer a Deus, a liberdade e a glória de Sua presença..." (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 356).
Podemos apostar, todos os dias, que o Cristo, a manifestação de Deus, nos mostra o caminho para a realidade divina, para o bem. Dessa forma, encontramos tranqüilidade e compreendemos o significado espiritual da promessa de Jesus: "...eu vim para que [vocês] tenham vida e a tenham em abundância" (João 10:10). Alinhar o pensamento com as leis de Deus, supre todas as necessidades.
