Quando soube que ganhara o primeiro prêmio em uma rifa, fiquei muito surpresa porque não havia comprado um número sequer. Havia feito uma doação em dinheiro à equipe de “softball” local aqui da Austrália e, um dos organizadores, em agradecimento, incluiu meu nome no sorteio. Agora, tinha de decidir o que fazer com meu prêmio de vinte e cinco dólares australianos em combustível.
Nunca antes ganhara algo por sorteio. Isso porque jamais compro rifas ou bilhetes de loteria. Cresci vendo o efeito negativo que o jogo causou a meu pai. Sua inclinação para o jogo destruiu seu casamento com minha mãe e separou nossa família. Portanto, quando me tornei adulta, concluí que apostas, bingos, loterias e jogos de cassino suscitam a esperança de que alguém talvez possa ter sorte. Desejava ver o bem em minha vida como totalmente livre de qualquer relação com o acaso.
Aceitar a idéia de boa sorte tem um outro lado, ou seja, a má sorte. Para mim, a crença em qualquer tipo de sorte presume que a vida não seja nada mais do que uma série de incidentes fortuitos, inesperados. Se as pessoas têm sorte, sem nenhuma razão aparente, isso dá a entender que o bem seja casual.
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