Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Remover a pedra do pensamento

Da edição de abril de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


O profeta Isaías não estava exagerando quando disse: "...e um pequenino os guiará" (Isaías 11.6). Muitas vezes, meu neto Collin, de oito anos, partilha comigo vislumbres espirituais tão profundos, que eles não apenas me guiam, mas me impulsionam a aceitar uma visão mais espiritual sobre mim mesma e os outros.

Isso aconteceu recentemente, quando estava contando ao Collin a história da Páscoa. Quando chegamos na parte em que Jesus tinha de remover a pedra da entrada do túmulo, disse-lhe que essa pedra era enorme, grande demais para um único homem movê-la sozinho.

Então, eu lhe disse: "Collin, como você imagina que ele conseguiu mover essa pedra tão grande"?

Bem, o que eu esperava que ele dissesse era mais ou menos assim: "Deus o ajudou a fazê-lo". Essa teria sido minha resposta.

Mas, em vez disso, ele respondeu: "Vovó, a pedra era apenas pensamento".

Literalmente, perdi o fôlego. O que o Collin estava partilhando comigo não eram apenas palavras precoces. Havíamos conversado antes a respeito de como a Bíblia descreve o homem como a imagem e semelhança de Deus, e, uma vez que Deus é Espírito, então a imagem e semelhança de Deus teria de ser espiritual.

Também havíamos lido e conversado sobre "a exposição científica do ser", de Mary Baker Eddy, na qual ela afirma: "Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-emtudo" (Ciência e Saúde, p. 468). Portanto, achei incrível que o Collin tivesse pensado sobre a existência como inteiramente composta de pensamentos ou idéias espirituais de Deus.

Mas, o que foi realmente notável e de grande valia para mim, foi o vislumbre que ele captou sobre o conceito de correlação. Quando aceitamos a premissa de que tudo é espiritualmente mental, então também temos de concluir que tudo o que parece para nós como sendo um impedimento, é somente uma concepção mental equivocada, não um problema material sólido e inabalável, a qual não pode resistir à correção, tanto quanto um erro de matemática poderia resistir à correção.

Compreendi, com gratidão, que aquela verdade e a clareza infantil que conseguiu comunicá-la de maneira tão irrefutável, veio na hora certa. Há mais ou menos uns dois meses, havia percebido em minha face um caroço que se tornava maior a cada dia.

Esse caroço parecia para mim como uma pedra inamovível por causa do peso das declarações médicas que havia ouvido sobre a natureza potencialmente incurável de tais caroços. Embora estivesse orando para ver-me como uma idéia espiritual de Deus, lutava com um sentimento de que eu era uma pessoa material tentando fazer uso da oração para me livrar de um caroço material sólido. Essa abordagem não estàva funcionando.

O comentário do Collin me libertou da forma equivocada que eu estava usando para conseguir a cura. Ajudou-me a ver que tudo se constitui em pensamento. Capacitou-me a compreender que o problema não era um caroço material sólido em minha face, mas, ao contrário, era uma convicção equivocada sobre a vida como sendo material. Isso podia ser corrigido.

Lembrei-me do que Mary Baker Eddy escreveu a respeito de como essa correção pode ser feita: "O que é que parece ser uma pedra entre nós e a manhã da ressurreição? É a crença de que haja mente na matéria. Somente podemos chegar à ressurreição espiritual por abandonar a antiga consciência de que haja Alma nos sentidos" (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896, p. 179).

Minhas orações agora me guiavam ao conhecimento da naturalidade e da necessidade de "abandonar a antiga consciência de que haja Alma nos sentidos", o qual está fundamentado na declaração da Sra. Eddy: "Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é tudo-em-tudo" (Ciência e Saúde p. 468). Ponderei a lógica dessa declaração absoluta. Ela não deixa espaço para nada mais existir, além da Mente e do que a Mente está pensando. Parte do que a Mente está pensando somos nós.

Essa premissa inteiramente espiritual não deixa espaço para um caroço material doentio. Não deixa espaço para uma mente pessoal acreditar em matéria doente nem temê-la. Na verdade, ela elimina qualquer crença de que possa haver uma mente ou um problema compósto de matéria. Totalidade é totalidade.

É essa totalidade de Deus que desaloja irresistivelmente tudo o que já é nulo e que, portanto, não pode ser um impedimento sólido de qualquer espécie ou uma convicção sólida.

Senti a alegria penetrante dessas idéias e me deliciei em sua glória. Não tive a sensação de que estivesse fazendo com que essas idéias "fizessem" alguma coisa, não tentava me livrar de algo por intermédio delas. Compreendi que descreviam e definiam, em si mesmas e de si mesmas, quem eu era. Esse autoconhecimento foi o ponto crucial de minha oração, na qual descansei.

Algumas semanas mais tarde, não havia nenhuma evidência de caroço em minha face. O que parecera um obstáculo material sólido desapareceu sem esforço, em face do conhecimento da Mente.

Para mim, essa foi a prova de que não importa o quão sólida e inamovível a matéria se apresente, nem o quão impenetrável as crenças em uma mente e uma psique pessoais pareçam ser, pois Deus, a Mente, é verdadeiramente Tudo-em-tudo. Não existe sequer um momento no qual Deus, o bem, não seja Tudo. Isso significa que não existe nem mesmo um instante em que não sejamos a perfeita manifestação de Deus.

É a necessidade de a Mente ser Tudo, que força a inevitável eliminação de qualquer coisa que seja dessemelhante da Mente. A Mente garante que a manhã da ressurreição está dentro de cada um de nós, eternamente.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 2007

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.