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Matéria de capa

Será que jogos trazem prazer e resolvem problemas financeiros?

Da edição de abril de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Há pessoas que, consciente ou inconscientemente, acreditam que têm sorte em algumas coisas, mas em outras, não. Se buscam trabalho ou passam por dificuldades financeiras, a questão de se ter sorte, estar “de baixo astral”, ou passar por uma época difícil, parece ser a desculpa mais comum para a falta de progresso. Entretanto, confiar em Deus estabiliza e ajusta a vida.

Durante minha infância, em momentos de lazer, brincávamos de jogar cartas. Os prêmios eram simbólicos, grãos de feijão ou palitos de fósforo. Os jogadores não perdiam nem ganhavam, pois, no fim do jogo, guardávamos os grãos de volta na lata de feijão e os palitos nas suas caixas.

Contudo, nem sempre foi assim. Quando meu pai era solteiro, jogava cartas por dinheiro. Desde adolescente o chamavam na roça sempre que faltava alguém para completar a mesa de jogadores.

Ao se casar com minha mãe, esse hábito o acompanhou. Ele passava muitos domingos, feriados e dias de chuva, jogando cartas com os vizinhos. Sua justificativa era de que o ganho nas cartas complementava a receita em casa. Isso ocorreu na década de 1930 quando, como diz o ditado popular, o tempo foi de “vacas magras” no campo.

Meu pai e minha mãe trabalhavam duro na roça, plantando para alimentar a família. Também criavam alguns porcos e aves para ajudar no nosso sustento. Entretanto, os negócios não davam certo. Os animais, às vezes, adoeciam e meus pais conseguiam vender pouco do que colhiam no campo.

Anos mais tarde, minha mãe me contou que ficava muito triste ao ver que, ano após ano, não sobrava dinheiro nem mesmo para pagar os juros do empréstimo que haviam feito de seu padrinho; e esse era um compromisso sério. Em determinado momento, precisaram vender seu cavalo. Nos anos seguintes, a sela de veludo vermelho e franjas brilhantes e um móvel fabricado por meu avô paterno como presente de enxoval, tiveram o mesmo fim.

Conforme o tempo passava, meus pais se sentiam cada vez mais pobres. Nunca foi visto um tostão do dinheiro que o pai dizia ter ganho nos jogos de carta e na loteria. Hoje vejo que, naquela época, a noção de sorte e azar fazia com que se sentissem vítimas de uma situação financeira desesperadora.

Nesse momento, a Ciência Cristã chegou em nosso lar por meio de um Arauto em alemão que meu avô ganhou de um praticista e o emprestou para minha mãe. Aquela situação econômica tão angustiante os tornou receptivos a aceitar o novo conceito sobre Deus apresentado pela Ciência Cristã. Adquiriram fé e esperança de melhoria.

Começaram a ler o Arauto em alemão, língua que se falava na área de Panambi, RS, onde viviam. Depois, receberam o livro Ciência e Saúde, enviado de Blumenau, SC.

De posse da Bíblia e de Ciência e Saúde, eles iniciaram o estudo diário da Lição Bíblica, conforme consta no Livrete Trimestral da Ciência Cristã. Era a primeira coisa que faziam ao amanhecer. A leitura trouxe uma nova compreensão sobre Deus e Seu imenso amor por Seus filhos.

Foi como se o sol voltasse a brilhar na vida e no trabalho deles. Começaram a aprender que Deus é bom, que é Vida e quer o bem para toda Sua criação, homens, mulheres, crianças ou animais. Cristo Jesus restabelecia a saúde e melhorava as condições dos que sofriam. Seus ensinamentos e suas curas são provas do imenso amor do Pai por todos.

Meus pais entenderam que podiam confiar em Deus de todo o coração, de toda a mente e com toda a força, porque o Amor é a fonte de todo o bem, como está na Bíblia em Tiago 1:17: “Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador das luzes do céu. Ele não muda, nem varia de posição, o que causaria a escuridão”.

Aos poucos, a situação económica deles melhorou. À medida que sentiam mais a presença de Deus, o hábito de jogar cartas, beber cerveja e fumar, gradualmente desapareceu e foi substituído por costumes sadios. Meu pai se regenerou, pois entendeu que a compreensão espiritual traz idéias que levam a alcançar a harmonia no lar e sustento permanentes.

Começaram a colher os frutos do trabalho e a receber bênçãos contínuas: os animais já não adoeciam e mais pessoas compravam seus produtos. Até mesmo quando um vendaval achatou o milharal, os pés de milho se reergueram e as espigas continuaram se desenvolvendo até a hora da colheita.

Para mim, essas experiências são um exemplo de como é verdadeiro o que Mary Baker Eddy escreveu: “Cada dia exige de nós provas mais elevadas, em vez de profissões do poder cristão. Essas provas consistem unicamente na destruição do pecado, da doença e da morte. Eis aí um elemento de progresso, e o progresso é a lei de Deus, lei que exige de nós apenas aquilo que com certeza podemos cumprir” (Ciência e Saúde, p. 233). Meus pais aprenderam, pelo estudo dedicado e perseverante da Lição Bíblica, a confiar em que a lei divina se cumpre.

O progresso espiritual de meus pais fez com que elevassem suas metas e buscassem novas possibilidades. Conseguiram proporcionar uma boa educação acadêmica para os filhos.

Ambos se tornaram praticistas registrados no Arauto durante a década de 1960. Como resultado de seu crescimento espiritual, sua situação económica melhorou, o que possibilitou a ambos fazer o Curso Primário de Ciência Cristã. Minha mãe em Berlim, Alemanha, e meu pai em Zurique, Suíça. Fizeram muitas viagens para participar das Associações de Alunos de seus cursos nesses dois países e das Assembléias de Membros d'A Igreja Mãe, em Boston, EUA.

A busca da felicidade, do bemestar físico e mental, assim como a estabilidade financeira é um direito outorgado pelo Princípio direito a todo aquele que procura viver de acordo com as leis espirituais. Jesus Cristo entendeu tais leis e as aplicou na solução de vários problemas: na multiplicação dos pães e peixes, na cura de doenças físicas ou mentais e também no controle das forças da natureza — andou sobre as águas e acalmou uma tempestade em alto mar.

Todos podem confiar inteiramente em Deus para suprir suas necessidades. Ser fiel ao Princípio divino, Deus, resulta em uma colheita de experiências boas e felizes acompanhadas de progresso e bem-estar constantes.

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