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PARA JOVENS

Problemas com intimidação? Tome uma atitude!

Da edição de abril de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


No ano passado, próximo do término da sétima série, um grupo de meninos da minha idade e também alguns mais jovens inventaram um boato insinuando que eu havia feito algo muito embaraçoso na sexta série. Havia muitas razões que demonstravam que o boato era absurdo. Entretanto, os meninos o achavam muito divertido.

As coisas saíram do controle de forma rápida e, cada vez mais, os meninos zombavam de mim quando me viam. Tentava ignorar o que diziam ou reformular o insulto, transformando-o em algo positivo.

Quando iniciei a oitava série, achava que tudo aquilo fosse coisa do passado e que não iria mais acontecer. No início, tudo ia bem até que a intimidação recomeçou inesperadamente no meio do ano letivo. Minha autoestima não ajudava porque me sentia envergonhado a ponto de nem mesmo enfrentar os alunos mais jovens que me intimidavam. Minha concentração diminuiu e minhas notas começaram a baixar um pouco.

Finalmente, decidi denunciar os garotos ao diretor, porque o que eles faziam era muito cruel. Os meninos foram suspensos por alguns dias. Entretanto, quando retornaram à escola, começaram a zombar de mim até mesmo na frente do diretor. Diziam que fora estupidez minha denunciá-los. Partiram então para me empurrar. Eu não revidava e dizia: “Caras, não quero problemas, vocês têm de parar com isso porque a situação já está saindo fora do controle”. Sou faixa roxa em caratê e poderia ferir alguém se quisesse. Contudo, o autocontrole é importante. Lutas nunca resolvem nada.

Ignorar a intimidação também não é uma boa idéia. Acho importante tomar uma atitude, tanto física (não lutando, mas conversando com alguém sobre o problema), como metafisicamente. Muitas escolas ensinam aos alunos a não fazerem uso da intimidação entre eles, mas isso não ajuda muito. Os alunos fingem que ouvem, mas continuam provocando quando ninguém está olhando. A Ciência Cristã foi uma das coisas mais úteis que aprendi. Todas as manhãs, minha mãe lê para mim a Lição Bíblica (contida no Livrete Trimestral da Ciência Cristã), antes de eu ir para a escola. Isso pode soar como algo chato, mas, uma manhã, enquanto lia sobre Saulo em uma seção da Lição, pensei: “Puxa, se eu fosse um cristão naquela época, teria lutado contra Saulo por tudo o que fizera com os seguidores de Jesus”. Foi então que compreendi que, se tivesse feito isso, teria tomado a decisão errada, porque Saulo posteriormente compreendeu que o que ele havia feito, ou seja, intimidar e prender os cristãos, estava errado. Ele se transformou em uma pessoa importante, no apóstolo Paulo, que escreveu coisas maravilhosas e curou muitas pessoas. Ele realmente passou por uma grande transformação.

Também conversei algumas vezes com uma Praticista da Ciência Cristã sobre a situação na escola e compreendi que era importante ver os meninos que me provocavam como filhos de Deus, e a perdoá-los como eu teria perdoado a Saulo. Quando você perdoa, grandes coisas podem acontecer.

Compreendi que era importante ver os meninos que me provocavam como filhos de Deus, e a perdoá-los como eu teria perdoado a Saulo. Quando você perdoa, grandes coisas podem acontecer.

Isso me ajudou a parar de reagir aos meninos, como fizera no início. Ao invés de me estressar ou me aborrecer com eles, fiz o possível para vê-los como reflexos de Deus. Quando você é o reflexo de algo, você não pode fazer nada que o original não faça. Uma vez que Deus é somente bom, esses meninos tinham de ser bons, muito embora não parecesse que o fossem.

No último dia de aula, um menino, que nunca havia me aborrecido muito antes, perguntou-me, em tom de zombaria, se eu realmente havia feito aquilo que todo mundo dizia que eu fizera. Olhei diretamente dentro de seus olhos e disse: “Não”, e fui embora. Ao contrário do que havia feito algumas vezes, não dei grande importância a isso. Acho que isso ajudou bastante. Como aprendi a quando responder a eles e quando não fazê-lo, isso deixou de ser motivo de diversão.

Muito embora algumas pessoas talvez ainda achem o boato divertido, penso que deixei uma impressão duradoura porque não reagi até o fim. Quando você tem algo que o incomoda durante muito tempo, às vezes parece uma boa idéia revidar. Contudo, quando você utiliza um pensamento metafísico, como, por exemplo, o fato de que somos filhos de Deus, isso o ajuda a descobrir como responder a uma provocação sem brigas. Anos mais tarde, você olhará para trás e perceberá que tomou a atitude certa.

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