No último ano de faculdade, ao terminar meus anos de Escola Dominical, fiz o Curso de Instrução Primária na Ciência Cristã, no qual se aprende mais sistematicamente a Ciência da cura que Cristo Jesus sabia e praticava. A cura pela Ciência Cristã não era novidade para mim, pois sempre tinha sido parte de minha vida. Mas, foi durante esse curso que ficou bem claro no meu pensamento que nenhuma doença é grave, visto que uma doença não é mais real do que outra na infinita presença, realidade e totalidade de Deus. Aprendi que vivemos em Deus, no Espírito e em plena harmonia. Essa convicção me levou a ter confiança absoluta na Ciência Cristã como um sistema seguro para manter ou restaurar a saúde. Adquiri a certeza de que a doença e o mal não são fatos ou realidades da existência, mas sim sugestões do erro de se supor que a vida, a inteligência e a existência se encontrem na matéria.
Essas idéias espirituais ocuparam meus pensamentos e minha maneira de raciocinar, justamente durante meu último ano da faculdade, onde estudava Sociologia e Política. O conceito básico da sociologia dizia que “tudo o que acontece na sociedade humana é um fato social”. Essa declaração era o exato oposto daquilo que eu acabara de aprender no curso da Ciência Cristã, no qual eu havia aceitado totalmente o conceito de que tudo o que Deus sabe, tudo o que acontece na infinitude de Deus, é um fato espiritual, uma realidade espiritual, como o diz Ciência e Saúde: “A realidade espiritual é o fato científico em todas as coisas” (p. 207). Optei definitivamente por reconhecer a realidade espiritual, em lugar do fato social resultante das pesquisas sociológicas. Inevitavelmente, essa opção deu início à minha carreira como Praticista da Ciência Cristã, e não como socióloga.
Enquanto procurava empregos relacionados com a pesquisa sociológica, comecei a receber pedidos de ajuda pela oração. Essa passou a ser minha única vocação, propósito e escolha, um passo irrevogável no caminho de servir à Causa da Ciência Cristã. Quase ao mesmo tempo, aceitei um emprego na Sociedade Editora da Ciência Cristã.
A partir desse momento, tive uma vida muito ativa, não relacionada à minha formação profissional, mas sim dedicada à Ciência Cristã. Passaram-se vários anos até eu ter meu nome registrado no The Christian Science Journal, mas nunca houve um momento em que não estivesse ocupada como Praticista da Ciência Cristã, com a plena convicção de que essa era não apenas a atividade certa para mim, mas também de que eu não podia me dedicar a outra coisa.
Estou segura de que isto se aplica a qualquer pessoa que tenha a aspiração de se dedicar à prática da cura: o que nos põe firmemente no caminho não é “Eu quero ser Praticista, Conferencista ou Professora de Ciência Cristã”, mas sim um desejo profundo de nos colocar à disposição de Deus, para servir à humanidade por causa de tudo o que aprendemos na Ciência Cristã. Quando o coração transborda com esse sentimento, encontramo-nos ocupados no desempenho da Prática da Ciência Cristã.
