Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Matéria de capa

Compreensão espiritual elimina intoxicação alimentar

Da edição de junho de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Journal


Em meados da década de 90, estava morando com minha família na Etiópia, África. Durante os primeiros dezoito meses de nossa permanência naquele local, ficava constantemente doente, com surtos de intoxicação alimentar. Naquela época, eu ainda era principiante no estudo da Ciência Cristã. No entanto, já havia presenciado belas demonstrações da presença do Cristo na cura de malária e de tímpano rompido entre os membros da família. Estava segura de que a cura desse problema também seria por meio da oração e de uma compreensão mais profunda do amor sempre presente que Deus tem por todos nós.

Eu estava participando de um grande grupo de mães e seus bebês, o qual se reunia semanalmente para brincar e conversar. Esse grupo era composto, em grande parte, por mulheres estrangeiras, como eu, e seus filhos. Eu realmente gostava do tempo que passava com o grupo, uma vez que éramos todas jovens mães morando em um país estrangeiro. O único momento que não me agradava era quando a conversa se desviava para problemas de saúde. Era um pressuposto geralmente aceito pelos estrangeiros, que haviam morado nos quatro cantos do mundo e viajado por eles, que a Etiópia era uma encubadora de doenças. Muitas pessoas não gostavam de viver naquele país porque suas famílias adoeciam constantemente. Embora já tivéssemos morado em três diferentes países africanos até aquele momento, isso parecia ser verdadeiro para nossa família também.

Não era o que me rodeava que precisava ser mais limpo, mas sim minha mente

Todas as manhãs eu estudava a Lição Bíblica, que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã e outros escritos de Mary Baker Eddy. A leitura sustentava meus pensamentos durante o dia; sentia-me inspirada e fortalecida com esse estudo. Gradativamente, adquiria uma compreensão mais profunda da Ciência Cristã. No entanto, o que aprendia em meus estudos, não combinava com o que observava em meu corpo e com o que outros vivenciavam. Tornei-me cética acerca da maioria dos alimentos e avaliava com críticas o ambiente no qual eles eram preparados, antes de aceitar qualquer coisa que me era oferecida. Esses temores estavam se manifestando em meu corpo, pelos surtos de intoxicação que vivenciava.

Durante esse período, orei com uma Praticista da Ciência Cristã. Sua ajuda e amorosa paciência me davam muita força. Li tudo o que Mary Baker Eddy escreveu sobre alimento e digestão. Então, certo dia, deparei-me com este trecho de Ciência e Saúde: “Precisamos de um corpo limpo e de uma mente limpa — de um corpo purificado pela Mente como também lavado com água. Há quem diga: ‘Cuido bem de meu corpo.’ Para fazer isso é necessária a influência pura e enaltecedora da Mente divina sobre o corpo, e o Cientista Cristão cuida melhor de seu corpo quanto mais o deixa fora do pensamento e, como o Apóstolo Paulo, prefere ‘deixar o corpo e habitar com o Senhor’ ” (p. 383). Essa passagem me impressionou profundamente. Compreendi, pela primeira vez, que não era o que me rodeava que precisava ser mais limpo, mas sim minha mente ou o pensamento acerca do que estava à minha volta.

A Sra. Eddy prossegue fazendo uma afirmação no parágrafo seguinte, que nos faz refletir, quando compara uma pessoa que vive na pobreza e em ambientes sujos, com alguém acostumado a viver em ambientes requintados. Ela escreveu: “...a impureza e a falta de asseio, que não incomodam a gente rude, não poderiam ser suportadas por gente requintada. Isso mostra que a mente tem de ser limpa para manter o corpo em condições apropriadas” (Ibidem, p. 383).

Eu não mais temia o que o alimento e a água pudessem me fazer

Percebi que as diferenças relativas ao ambiente em que uma pessoa vive se encontram somente na mente e no pensamento da pessoa que está naquele ambiente. Isso certamente se aplicava a mim como estrangeira, morando na Etiópia, cercada por pessoas que moravam em lugares ou condições extremamente degradantes; no entanto, a maioria das pessoas que viviam naqueles locais era geralmente sadia. Todos nós compartilhávamos o mesmo ambiente, mas nossos pensamentos sobre esse ambiente diferiam. Esse novo ponto de vista me ajudou a olhar os meus arredores com novos olhos. Ao invés de procurar descobrir as miríades de maneiras pelas quais o alimento e a água poderiam me tornar doente, compreendi que nada tinham a ver com minha saúde, mas sim o meu pensamento a respeito deles é que fazia toda a diferença. Durante um período de quase quatro meses, todos os sintomas de intoxicação alimentar foram reduzidos de forma drástica, e finalmente desapareceram. Meu padrão de vida e minhas experiências não haviam mudado, mas meu pensamento sim. Eu não mais temia o que o alimento e a água pudessem me fazer. Eu não os via mais como coisas que tivessem qualquer poder sobre mim.

Desde aquela época, retornei à África com meu marido e os quatro filhos, e permanecemos no continente por mais oito anos. Nesse período não vivenciei mais nenhum problema de intoxicação alimentar. O interessante é que passei três, desses oito anos, na Etiópia, durante nossa segunda estada ali. Nesses três anos, as pessoas continuavam falando sobre as mesmas coisas, como nos nove anos anteriores. As conversas sobre doenças, higiene ou saneamento eram temas recorrentes, mas, dessa vez, consegui manter-me acima dessas falsas imposições do pensamento coletivo, o que me proporcionou muitas oportunidades de orar por minha família e por aqueles à minha volta. Digo, com gratidão, que nossa família sempre esteve completamente protegida, e que os três anos de residência ali foram maravilhosos, dos quais ainda nos lembramos com muito carinho.

Artigo publicado originalmente na edição The Christian Science Journal.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 2012

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.