Há algum tempo, quando eu tinha 12 ou 13 anos, estava envolvida em muitas atividades na escola e me destacava nos esportes e nos estudos. Tudo parecia estar indo muito bem. Entretanto, o que eu não percebia na época, era o quanto eu estava com medo do mundo e de crescer. Não me sentia segura. Achava que não tinha nenhum controle sobre minha vida. Além disso, não gostava da minha aparência física, pois não atendia aos meus padrões de perfeição. Essa autocrítica vinha acontecendo fazia algum tempo.
Decidi então fazer uma dieta para emagrecer uns dois quilos, mas logo achei que não seria o suficiente, por isso continuei. Perdia cada vez mais peso, o que se transformou em uma acentuada obsessão de comer o mínimo possível. Vivia temerosa de que qualquer coisa que comesse me engordaria. Após alguns meses de extensa atividade física e pouco alimento, havia perdido muito peso.
Mas, diante do espelho, minha imagem parecia sempre gorda demais. Ninguém conseguia me convencer de que eu estava muito magra. Gostava do meu “visual pele e osso”, mas, em realidade, essa aparência era horrível. Estava completamente hipnotizada pela crença de que eu tinha controle sobre alguma coisa (meu peso), e de que tinha de fazer o meu corpo parecer perfeito.
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