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Quando Deus vem em primeiro lugar, não o ”eu”

Da edição de junho de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Sentinel


A Epidemia do Narcisismo: Viver na Era da Titularidade, de autoria de Jean M. Twenge e Keith W. Campbell, levanta algumas questões surpreendentes sobre as pessoas na cultura americana de hoje.

Como o título sugere, o narcisismo está na raiz da “epidemia”. O narcisista (extraído do mito grego Narciso, que se apaixonou pela sua própria imagem) normalmente tem uma visão extremamente positiva ou inflada sobre si mesmo, e tende a valorizar a riqueza material e a aparência física. Ao contrário da maior parte das pessoas, os narcisistas não se detém até que suas exigências sejam cumpridas. Quando a satisfação do ego, a qualquer custo, determina as decisões que tomam, as ramificações podem não somente ser prejudiciais para a vida pessoal, mas também para o mundo em geral. Uma série de problemas surgiu com esse tipo de mentalidade, que abrange desde um enorme débito no cartão de crédito, a confusão com hipotecas no mercado imobiliário (o que contribuiu muito para a recessão econômica nos Estados Unidos), até a obsessão com a beleza, a qual envolve cirurgias plásticas, a infidelidade no casamento e, até mesmo, a violência.

Certamente, seria injusto colocar toda a culpa pelos problemas econômicos atuais nas pessoas com tendências narcisistas. Além disso, embora a maioria das pessoas não se encaixe nessa categoria radical, vale a pena perguntar a nós mesmos de que maneira até mesmo a menor demanda que começa com o “eu” pode mudar para melhor. Um bom ponto de partida é voltar-se para Deus, que a Bíblia identifica como a Verdade divina, o único poder. Quando permitimos que a Verdade nos guie, nosso pensamento deixa de focar em si mesmo e se volve para o que representou a vida de Jesus: uma comunhão contínua com seu Pai. Em outras palavras, pôr Deus em primeiro lugar. Dessa forma, aprendemos mais sobre nossa verdadeira individualidade, que é espiritual, e que se expressa por meio de decisões divinamente inspiradas.

O Mestre cristão ensinou a seus seguidores a amar a Deus e a amar o próximo como a si mesmos. Quando um legislador perguntou como ele poderia herdar a vida eterna, Jesus lhe perguntou o que estava escrito na lei mosaica: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás” (Lucas 10:27, 28). Essa única pequena palavra, todo, pode ser facilmente percebida para expressar esse mandamento. Dar a totalidade de nosso amor, afeto, energia e pensamento a Deus é viver em harmonia com o bem. É expressar nossa verdadeira individualidade.

Mary Baker Eddy, que revelou a prática científica que está subjacente aos ensinamentos de Jesus, reiterou: “Ter um só Deus, uma Mente única, uma única consciência — que só inclui a natureza do próprio Deus — e amar o próximo como a ti mesmo, constitui a Ciência Cristã, a qual forçosamente demonstra a nulidade de qualquer outro estado ou estágio do ser” (Não e Sim, p. 38). À medida que cada um de nós viver essa lei divina do bem, nossas ações e atitudes anularão a pretensão oposta de que “merecemos mais”, de que somos “melhores do que os outros”, de que “não precisamos de Deus para sermos felizes” e que “sabemos mais”. A Sra. Eddy descreveu assim esse estado mental: “O egotismo é mais opaco do que um corpo sólido” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 242).

Com certeza, mais do que nunca há sinais encorajadores, hoje em dia, de pessoas que expressam altruísmo e amam o próximo. Um resultado positivo da economia debilitada e da escassez de empregos é que o voluntariado tem aumentado. A economia tem ajudado as pessoas a purificarem seus valores e a começarem a procurar lugares onde elas possam fazer a diferença. Organizações como a Corpo da Paz (Peace Corps) e Teach for America (TFA) têm registrado grandes aumentos no número de voluntários ao longo dos últimos anos, entre os jovens recém-formados em universidades. A edição on-line e impressa semanal de The Christian Science Monitor apresenta regularmente histórias inspiradoras sobre “Pessoas que fazem a diferença”. Um blog chamado “Cinco razões para servir aos outros” recentemente relacionou a primeira razão como: “Servir para descobrir abundância: a mudança radical do ‘eu’ para o ‘nós’ ”.

Caso uma mudança radical ou uma ligeira correção de percurso seja necessária, cada um de nós pode se aprofundar em nosso compromisso de servir a Deus em primeiro lugar e eliminar do caminho o falso senso que temos sobre nós mesmos. Quanto mais nos identificarmos com nossa identidade espiritual, mais veremos a nós mesmos e aos outros como realmente somos. Que diferença isso fará para toda a família humana! *

Editorial publicado originalmente na edição Christian Science Sentinel.

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