Apesar dos esforços significativos em todo o globo para a preservação dos recursos naturais, a mídia publica, com frequência, reportagens sobre a extração ilegal de madeira, de minerais e abrange, até mesmo, tráfico de animais, em detrimento tanto das comunidades ambientais quanto humanas.
A extração ilegal de madeira das florestas tropicais na Amazônia, em Madagascar e em outras áreas no mundo, incluindo áreas de preservação ambiental, é impulsionada pela pobreza de quem trabalha no ramo, mas quem tira proveito disso são os madeireiros que exportam toras de madeiras nobres. Isso estimula ainda mais a derrubada ilegal de árvores cujas espécies estão em extinção e, portanto, protegidas, tais como o jacarandá e o mogno. A demanda pela madeira provém de empresas localizadas em outros países, as quais frequentemente usam a madeira para a fabricação de produtos extravagantes, tais como cabeceiras de cama esculpidas, cujo valor de mercado chega a 1 milhão de dólares. A derrubada de árvores agrava a instabilidade política e afeta o equilíbrio do ecossistema único e frágil em Madagascar e em outras regiões de proteção ambiental. Paralelamente, provê muito pouco ou nenhum benefício econômico para a região explorada, que, quando existe, pode representar bem menos do que um por cento do valor final da madeira.
Em outras situações, a extração ilegal de recursos talvez esteja ainda mais firmemente estabelecida na necessidade, mas ela ainda é desagregadora e destrutiva. Por exemplo, a demanda crescente por minerais raros, usados na fabricação de dispositivos eletrônicos e telefones celulares originou práticas de mineração destrutivas para o meio ambiente em regiões politicamente já instáveis, mas ricas em minerais, como a região oriental do Congo. Os termos “minerais sanguinários” e “minerais de conflito” são frequentemente usados para descrever situações tais em que o benefício financeiro da mineração vai parar nas mãos das milícias locais, o que vem a agravar os conflitos já existentes. Em todos os casos, a exploração é feita sem qualquer preocupação com as consequências ecológicas ou humanitárias.
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