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MEIO AMBIENTE

Fechar as portas à extração ilegal de recursos naturais

Da edição de junho de 2012 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Sentinel


Apesar dos esforços significativos em todo o globo para a preservação dos recursos naturais, a mídia publica, com frequência, reportagens sobre a extração ilegal de madeira, de minerais e abrange, até mesmo, tráfico de animais, em detrimento tanto das comunidades ambientais quanto humanas.

A extração ilegal de madeira das florestas tropicais na Amazônia, em Madagascar e em outras áreas no mundo, incluindo áreas de preservação ambiental, é impulsionada pela pobreza de quem trabalha no ramo, mas quem tira proveito disso são os madeireiros que exportam toras de madeiras nobres. Isso estimula ainda mais a derrubada ilegal de árvores cujas espécies estão em extinção e, portanto, protegidas, tais como o jacarandá e o mogno. A demanda pela madeira provém de empresas localizadas em outros países, as quais frequentemente usam a madeira para a fabricação de produtos extravagantes, tais como cabeceiras de cama esculpidas, cujo valor de mercado chega a 1 milhão de dólares. A derrubada de árvores agrava a instabilidade política e afeta o equilíbrio do ecossistema único e frágil em Madagascar e em outras regiões de proteção ambiental. Paralelamente, provê muito pouco ou nenhum benefício econômico para a região explorada, que, quando existe, pode representar bem menos do que um por cento do valor final da madeira.

Em outras situações, a extração ilegal de recursos talvez esteja ainda mais firmemente estabelecida na necessidade, mas ela ainda é desagregadora e destrutiva. Por exemplo, a demanda crescente por minerais raros, usados na fabricação de dispositivos eletrônicos e telefones celulares originou práticas de mineração destrutivas para o meio ambiente em regiões politicamente já instáveis, mas ricas em minerais, como a região oriental do Congo. Os termos “minerais sanguinários” e “minerais de conflito” são frequentemente usados para descrever situações tais em que o benefício financeiro da mineração vai parar nas mãos das milícias locais, o que vem a agravar os conflitos já existentes. Em todos os casos, a exploração é feita sem qualquer preocupação com as consequências ecológicas ou humanitárias.

Tal como ocorre com outras questões ambientais, a extração ilegal de recursos parece abranger uma miríade de causas e efeitos econômicos, ecológicos e políticos, que são tanto de dimensão local quanto global. Os problemas subjacentes do medo, do materialismo e da ilegalidade também necessitam de oração.

Confie em Deus como o criador

Em todos os seus ensinamentos e durante todo seu ministério de cura, Cristo Jesus mostrou como curar as complexidades do cenário material, ao volver o pensamento a Deus. Jesus começava suas orações voltando-se a Deus e ele ofereceu aos seus seguidores uma estrutura de oração, comumente conhecida hoje como “a Oração do Senhor”. Mary Baker Eddy a descreveu como a “oração que atende a todas as necessidades humanas” (Ciência e Saúde, p. 16), por mais complicadas que pareçam, incluindo os problemas ambientais.

Começando com: “Pai nosso que estás nos céus, Santificado seja o Teu nome” (ver Mateus 6:9–13), essa oração eleva nossa consciência a uma visão mais clara, como ocorre quando escalamos uma montanha a fim de nos elevarmos acima da névoa do vale. Desse ponto de vista mais alto, podemos ver que o sol está brilhando, por mais espessa que seja a aparência da névoa no vale. A oração nos capacita a ver essa luz brilhante, porque nos faz lembrar que, apesar das aparências físicas, o Deus infinito, que é Espírito, Amor e Mente, continua a governar tudo e a incluir tudo.

Nenhuma parte da criação do Amor pode, em momento algum, ser extraída da infinidade ou destruída. Esse fato espiritual demonstra que não existe nenhuma necessidade de temor.

O que talvez possa nos tornar vulneráveis ao medo é a crença de que a vida seja material e de que o meio ambiente e a criação sejam expressos ou preservados somente em termos materiais. A névoa do pensamento mortal, que se baseia na percepção equivocada acerca da substancialidade da matéria, nunca toca nosso Criador ou Sua criação. Ela nunca pode nos tocar, porque, em realidade, somos espirituais, os filhos e filhas de Deus. Consequentemente, o mesmo Deus que nos preserva, mantém Seu meio ambiente e o revela a nós, à medida que aumentamos nossa compreensão da natureza do Espírito divino.

O “Pai Nosso” está intacto, o único Um fundamental. Não existe nenhuma divisão geográfica, política ou econômica em Sua criação divina. Nem quaisquer necessidades ou carências complicadas ou conflitantes (por exemplo, comunidades pacíficas e água potável versus componentes de telefone celulares; ou mobiliário decorativo versus florestas primárias em extinção). A Mente e suas ideias estão eternamente conectadas em um todo indivisível, harmonioso e espiritual.

O espírito onipresente expulsa a ilegalidade

A continuação da Oração do Senhor mostra como a unidade da Mente com sua criação se torna mais aparente à medida que a luz ou Verdade do ser dispersa a névoa da materialidade. A oração continua: “Venha o Teu reino, Faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu”.

Como Jesus comprovou, a natureza da oração é elevar nossa consciência ao céu para percebermos e vivenciarmos essa realidade espiritual harmoniosa, exatamente aqui e agora, nas florestas da Amazônia, de Madagascar, nas minas do Congo ou nas cidades de Xangai e Nova Iorque. Compreender que o sol brilha apesar da névoa “[Faz]-nos saber que — como no céu, assim também na terra — Deus é onipotente, supremo”, conforme a Sra. Eddy escreveu sobre essa passagem da oração em Ciência e Saúde (p. 17).

A compreensão crescente de que Deus, o Espírito, é onipresente e onipotente, faz com que Sua harmonia espiritual e eterna se torne mais evidente, de maneiras práticas. O Amor divino é legítimo e harmonioso agora, e seu poder pode ser sentido agora. No Amor infinito não existe espaço para a ilegalidade e a ganância, que levam à extração ilegal de recursos. A Mente divina pode revelar ações inteligentes para suprir as necessidades, bem como para preservar o meio ambiente.

Uma vez que “O Teu reino já veio” (Ciência e Saúde, p. 16), a criação é inteiramente espiritual agora, e a lei de Deus é a ordem tanto “no céu”, como “na terra”. No Espírito infinito, a contaminação, a perda, a ganância não ocupam nenhum lugar, uma vez que elas não expressam a Vida divina. Nossa oração é insistir no fato de que essa Vida, ou Princípio divino, nunca pode ser dividida ou destruída.

Tal como a névoa nunca toca a luz do sol, o materialismo, com um senso dual que oscila entre carência e excesso, fomentando a exploração ilegal de recursos naturais, jamais toca a criação de Deus. Da mesma maneira, o governo harmonioso do Amor nunca é tocado pela força de vontade humana ou ilegalidade. Vislumbrar esses fatos ajuda a libertar, do materialismo, do consumismo e da pobreza, a ação e o pensamento humanos.

Recursos sem carência

Em sua oração, Cristo Jesus continua: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”. Ao compreender que o Amor divino é Tudo, ou seja, to-do-bom e todo Espírito, podemos confiar que todas as necessidades da criação são perpetuamente supridas. Não existem interrupções na Vida eterna nem altos e baixos no Espírito infinito. O ser é independente da visão nublada chamada “matéria”, portanto, ninguém precisa explorar de forma ilegal os assim chamados recursos materiais, seja para sobrevivência ou por ganância. Nosso pão, conforme Eddy explicou: “é a Verdade” (ver Ciência e Saúde, p. 35).

Orar por mais luz ou Verdade a cada dia ajuda a humanidade a vivenciar mais do reino harmonioso de Deus. O perdão ajuda, também, a romper a névoa mortal do consumismo e da pobreza, libertando-nos de qualquer senso ou temor de carência. As ideias da Verdade estão sempre disponíveis, portanto, a busca por sustento espiritual assegura seu cumprimento, sem excesso, déficit ou destruição.

O encerramento da Oração do Senhor (do Pai Nosso) fecha o círculo, ao retornar ao único Deus infinito e ao nos relembrar de que não é preciso mergulhar nas névoas confusas do materialismo: “E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal; Pois Teu é o reino, o poder e a glória para sempre”.

Da visão do topo da montanha, ou visão espiritual, podemos contemplar o reino de Deus onipresente e onipotente. Sob essa luz, é possível perceber e vivenciar mais da harmonia desse reino, a cada dia. Essa consciência espiritual elevada e resplandecente rompe a névoa do materialismo, propiciando uma percepção clara da criação espiritual de Deus em sua plenitude.*

Artigo publicado originalmente na edição Christian Science Sentinel.

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