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Nova economia

Da edição de junho de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma das primeiras coisas que se aprende num curso de economia na universidade, é que essa matéria é desde há muito chamada "a ciência do infortúnio". O termo é apropriado. Olhe só à sua volta: recursos materiais limitados em contraste com uma explosão populacional. Numa palavra: insuficiência generalizada.

No entanto, quando "olhamos à nossa volta" com mais atenção, apercebemo-nos de uma abundância impensável há alguns anos. Já há quem diga que fomos além de nossas possibilidades, que produzimos em excesso e corremos agora o risco de esgotar os recursos naturais do planeta.

Existe, contudo, outra maneira de atender às necessidades humanas sem danificar o mundo em que vivemos. Essa outra perspectiva baseia-se na compreensão espiritual de Deus e Sua relação conosco. É um método que salienta primeiro o que Deus é e daí nos leva a compreender aquilo de que realmente necessitamos para desfrutar uma vida abundante e próspera.

O melhor é que esse método é aplicável em qualquer parte do mundo e não está limitado pela posição social ou nível educacional do indivíduo, ou por qualquer outro fator material. Isso se dá porque, à medida que compreendemos que Deus é Espírito e Amor infinito, desabrocha em nós uma satisfação que não pode ser perdida. Então começamos a compreender que somos, em essência, espirituais, não materiais.

Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: "O ponto de partida da Ciência divina é que Deus, o Espírito, é Tudo-em-tudo, e que não há outro poder ou outra Mente — que Deus é Amor, e por isso, Ele é Princípio divino.

"Para compreender a realidade e a ordem do ser na sua Ciência, tens de começar por considerar a Deus como o Princípio divino de tudo o que realmente existe." Ciência e Saúde, p. 275. Começar a compreender essa verdade espiritual é ceder àquela força que sustenta a vida e constitui seu fundamento. Cristo Jesus explicou-o assim: "Vosso Pai sabe que necessitais delas [dessas coisas].. .. Não temais,. .. porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino." Lucas 12:30, 32.

Não é verdade que a economia humana está intimamente ligada ao comportamento humano, que por sua vez se baseia no que as pessoas desejam? Vislumbrar espiritualmente que Deus é Espírito e Amor inesgotáveis opera uma modificação no pensamento humano. Passamos a ver que, se Deus é Espírito e Amor, Sua imagem e semelhança espiritual, o homem, nunca está fora de Sua lei e provisão. Esse vislumbre promove em nós uma transformação espiritual. Ficamos menos medrosos e menos inclinados a nos medirmos por padrões materiais ou por nossas posses. Não apenas despertamos para ver nossa natureza como filhos de Deus, mas passamos a ver outros sob essa luz. Desenvolve-se em nós nova sensação de segurança e algo que se pode designar como discernimento espiritual.

O discernimento espiritual permite distinguir entre as coisas de Deus, que são permanentes, e as da mente mortal, sempre instáveis. É o discernimento espiritual que permite a um homem ou mulher ser de fato rico, porque seus objetivos, dependências e aspirações estão ligados a qualidades divinas, que não podem ser perdidas nem roubadas. Essa pessoa, refletindo cada vez mais a bondade e sabedoria de Deus, torna-se mais forte, corajosa, honesta, misericordiosa, produtiva e mais inteligente, podendo distinguir aquilo que é de fato essencial em sua vida. Suas esperanças e bens ficam menos sujeitos à influência dos ciclos imprevisíveis das tendências transitórias do mercado.

O estado de nossa vida, à medida que nos aproximamos de Deus e de Sua lei divina, passa a ser determinado menos pela matéria e cada vez mais por aquilo que Jesus definiu como sede e fome de justiça. Ou, segundo uma versão moderna: "Como serão abençoados aqueles que têm fome e sede de ver o direito prevalecer; eles serão satisfeitos." The New English Bible, Mateus 5:6.

Essa perspectiva espiritual de vida reorienta-nos poderosamente para Deus, a Vida divina. E essa mudança espiritual mina os fundamentos do medo, da ignorância e da malícia, que são a fonte de tanta privação e mágoa. Mesmo no tocante a algo tão básico como colheitas de cereais, já foi reconhecido que existe comida suficiente para alimentar toda a população mundial e para erradicar a subnutrição. Se a falta de alimentação não é o problema, então a necessidade de maior visão e amor espiritual é imperativa.

Tal compreensão nos dá coragem para começar a expressar em nossa vida a visão do homem como idéia espiritual de Deus. É essa compreensão mais profunda do homem — podemos denominá-la amor espiritual — que rompe as barreiras mentais que aparentam limitar o bem. Esse é o propósito radical da Ciência CristãChristian Science (kris'tiann sai'ennss), equivalente à visão espiritual do cristianismo do Novo no governo de iluminação, vigor e confiante expectativa no governo de Deus.

A humanidade avança, abandonando sistemas antiquados de pensamentos materialistas. Não seria hora de tomar a iniciativa e deixar que nossa vida mostre que o reino de Deus já está presente e que Sua lei espiritual de fato vence o mal e a doença? À medida que esse propósito espiritual se torna nossa prioridade máxima, vemos que, como a Ciência Cristã o revela, o ímpeto curativo da vida de Cristo Jesus não se perdeu: continua despedaçando grilhões materiais e revelando que o homem de fato é o filho de Deus.

A economia autêntica será percebida como a ação da lei de Deus, atendendo a toda necessidade humana. Deus fará com que as mudanças necessárias, para que vivamos em conformidade com essa lei, ocorram. Se precisamos de mais sabedoria, mais amor, mais energia, discernimento espiritual mais aguçado, maior confiança na bondade infalível de Deus, fiquemos certos de que esses desejos são satisfeitos, em abundância, por Deus. A mentalidade espiritualizada que resulta de tal oração é indispensável, pois livra-nos das limitações. Não há infortúnio na nova economia que se revelará, quando o fato de Deus ser Tudo-em-tudo despontar em nossa vida.


Não vem o reino de Deus com visível aparência.
Nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Lá está!
porque o reino de Deus está dentro em vós.

Lucas 17:20, 21

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